Antagônico
Devaneio Óbvio
Há o que não cansa, isto é o que procuro
Um conforto que confronte os apuros
Toca uma música sem dança, destrói o silêncio
Silencia o que eu penso, sinaliza uma análise
Machuco sem força extrema e eu sei que dói
Pois em mim vive uma sede antiga
Que transforma em ferida
O que em ti é algo maior
Haveria nó nem trança, não sinto-me como deveria
Se na sua companhia fico bem
Em ausência creio que eu estou melhor
Ver teu sofrimento por decepções seria o começo do meu
Eu torço pela felicidade conjunta, mesmo que nos separe
Não fale, não ore; certos discursos dispensam as crenças
Assim como um corpo fraco acaba sendo convite para doenças
Em mesmo grau toda diversidade tem um lado ruim
Há o que não cansa, isto é o que procuro
Um conforto que confronte os apuros
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