Caos
Bene Dita
CAOS
Vai-te embora
Que teus olhos já não agüentam
Deu a hora
A alma dura, de cimento.
Vai pra casa
Está feito o louco juramento
Abre as asas
Voa longe pega o vento
Abre a porta
Venha me ver
Sinta o peso do meu sangue em tuas mãos
Fecha a conta
Me deixa ser
Ser eu mesmo, sem o peso da ilusão.
Cala a boca
Agora esqueça
Que também já tive um dia, um coração.
Mais um pouco
E eu viro a mesa
Sangue e chuva, morte louca de paixão.
Vem voar com os dois pés no chão
Vê, a borboleta é quem faz o furacão.
Ser sol, chuva, raio, sangue, pedra e vulcão.
Ter olhos de cobra se arrastando pelo chão
Acorda agora
Louca sina e a alma chora
Na ciranda
Pus e sangue e nunca para
Roda, roda
E medo te devora
E agora?
Varrer os sonhos, jogar fora.
Abre a porta
Venha me ver
Sinta o peso do meu sangue em tuas mãos
Fecha a conta
Me deixa ser
Ser eu mesmo, sem o peso da ilusão.
Cala a boca
Agora esqueça
Que também já tive um dia, um coração.
Mais um pouco
E eu viro a mesa
Sangue e chuva, morte louca de paixão.
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